Esta foi a primeira vez que Fabinho se lançou em uma candidatura. E o vice João Braga também. Ambos apresentaram uma proposta diferente de gestão, salientada pelo descontentamento deles com os rumos que a administração municipal vinha dando à cidade. Sem fazer promessas, conquistaram a maioria do eleitorado municipal. “Começamos a preparar esta campanha há cerca de um ano. Não estávamos satisfeitos com a administração do município. Nada contra a pessoa que estava no governo, mas sim a forma como estava sendo feita. Não fizemos nenhuma promessa nesta campanha, apenas discutimos a realidade da cidade. Temos um problema sério com o lixo da cidade, o sistema de coleta não é eficiente. Temos um problema com chuvas. Quando chove, o comércio da cidade cai em 35%. Porque o pessoal da zona rural não consegue chegar na cidade para comprar. Temos um problema sério com água. Tem casa em Mesquita que passa uma semana sem cair água. São problemas que vamos resolver rápido, que podemos solucionar”, afirmou Fabinho.
O prefeito eleito confessou que não conhece a realidade financeira da prefeitura, apenas a realidade da cidade. “A maioria dos problemas só vou saber quando chegar lá na prefeitura. Sabemos dos problemas, de como a cidade está. E estava trabalhando para resolver isso mesmo antes da campanha. Mesquita é um lugar onde os políticos perderam a credibilidade. Eu e meu vice nunca fomos candidatos a nada. Temos disponibilidade para trabalhar de uma forma diferente, com uma proposta de renovação. Fizemos uma campanha diferente, tranquila, fomos de casa em casa, conversando com cada um”, explicou Fabinho.
. Apoios
Após a vitória, Fabinho agradeceu aos apoiadores de campanha e aliados políticos. “O Alexandre Silveira me ajudou na campanha, esteve comigo no palanque, e não sei como o outro prefeito está associando a sua derrota ao deputado. Oito meses atrás eu fui até o Alexandre Silveira, falando das minhas intenções. Fui lá com o Seu Lilico, ex-prefeito da cidade. Nas eleições de 2010, estivemos com ele, ajudamos na campanha, e ele teve uma boa votação na cidade. Nestas eleições, ele nos ajudou, e acredito que, como Secretário de Gestão Metropolitana, irá trazer muitos benefícios para a gente. Temos também o Neilando Pimenta, deputado estadual do PHS. Quero deixar claro que o Alexandre apoiou a gente. Em momento nenhum deixamos o apoio dele de lado. Se nós ganhamos, foi com o apoio dele, e não só eu e o João que estamos com ele, é todo o nosso grupo. O atual prefeito, nas declarações ontem na imprensa, foi muito equivocado. Ele encontrou foi uma desculpa”, afirmou o prefeito eleito, referindo-se à declaração do prefeito atual, José Euler (PPS), de que teria perdido a eleição por ter sido associado a Alexandre Silveira.
. Período fora do país
Em 93, Fabinho deixou Mesquita para tentar a sorte nos Estados Unidos, como muitos brasileiros. “Até 93, eu fui açougueiro em Ipatinga, no Bairro Vila Celeste. Depois, deixei as coisas aqui e fui para os Estados Unidos tentar a sorte como todo brasileiro. Lá, nos três primeiros anos, fui lavador de carro, cozinheiro e depois líder de cozinha. Depois, fui trabalhando e crescendo, até me tornar dono de agência de carro lá. Cheguei a vender quase 200 carros por mês. Os frutos que eu plantei lá, colhi aqui agora. Quando voltei, vim trabalhar novamente com carnes, abrindo uma Casa de Carnes na cidade. Aqui eu mexia com carne, lá fui mexer com carro, e fui bem sucedido também. Para administrar, a primeira coisa que você deve observar são os seus assessores. Devem ser qualificados, capazes. Eu tive isso lá, e na prefeitura vou fazer o mesmo. Não devo favor a ninguém. Em 15 dias, irei me reunir com todos os educadores. Não vou falar, vou ouvir. É desse grupo que vou escolher o meu secretário de Educação, alguém que esteja realmente no setor, que realmente conheça a realidade. E farei isso em todas as pastas. Fiz minha campanha sem prometer emprego pra ninguém, ganhei assim. Meu compromisso foi com o povo, e para o povo eu quero o melhor. Todos os administradores serão escolhidos por sua capacidade e conhecimento. Em 1º de janeiro, serei um prefeito para toda a cidade, tanto quem votou como quem não votou. Até do João Euller”, finalizou, fazendo alusão ao atual prefeito.
. “Serei um vice diferente”, diz João Braga
Após cinco anos de trabalho na Usiminas e 36 anos de serviços prestados no IBGE de Ipatinga, João Braga assumiu o lugar de vice-prefeito de Fabinho com a proposta de ser diferente dos outros vices que Mesquita já teve. “Estamos acostumados a ter uma figura do vice apagada. Não quero receber sem trabalhar. Se os outros quiseram, tudo bem. Eu não. Tenho anos de trabalho junto ao IBGE. Conheço as estatísticas da região como ninguém, e os números falam muita coisa. Somado a este conhecimento, sei na prática, na vivência, o que a cidade precisa, aonde devem ser investidos os recursos. Serei um vice diferente. Tenho coragem e vontade para trabalhar, e vamos trazer a renovação para a nossa cidade”, declarou.
Fonte: http://www.jornalvaledoaco.com.br
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