IPATINGA - "Havia certa tensão. O pessoal recrutado mal alojado; os alojamentos ainda eram precários; não existia o lazer. Quando se tem notícia de que estava havendo um distúrbio, a primeira providência era chamar a polícia. Mas acontece que o nosso distúrbio era de operários nossos com a polícia. Chamei o Geraldo Ribeiro, e também o capitão Robson, para uma reunião e decidirmos aquilo. Quando estava tudo ajustado para irmos ao local, o diretor japonês mandou o intérprete me chamar, porque ele queria tomar conhecimento do que estava ocorrendo, antes de qualquer providência. Quando terminei a exposição, já ouvíamos o barulho de tiros. O grupo de soldados, cercados pelo pessoal, eles não aguentaram. Fugiram dando tiros. Lamentável! Lembro-me da morte de um empreiteiro, de um alfaiate e de uma senhora com uma criança."
Fonte: Coluna “IPATINGA Cidade Jardim - 50 ANOS” – Diário do Aço – 29 de Setembro de 2013