IPATINGA - Em março de 1955, a Sociedade Mineira de Engenheiros criou a Comissão do Vale do Rio Doce, composta pelos engenheiros Efigênio Soares Coelho, Rainulfo Schettino, João Camilo e Dermeval José Pimenta (presidente do grupo).
Essa comissão procedeu ao estudo do estabelecimento de uma usina eletrossiderúrgica, inicialmente nas proximidades da cidade de Itabira, a fim de aproveitar os minérios finos resultantes da hematita compacta, os quais estavam sendo depositados como rejeitos, por falta de mercado consumidor. O presidente da Sociedade Mineira de Engenharia, Vicente Assunção, mantendo contatos, em 1955, com o embaixador japonês no Brasil, Ioshiro Ando, foi informado de que os empresários nipônicos se mostravam interessados em transferir indústrias do seu país para o Brasil, preferencialmente no Estado de Minas Gerais. Resolveu, então, em nome da Sociedade, formular ao diplomata o convite para uma visita a Minas Gerais.
ENCONTRO COM OS JAPONESES
O jornal “O Diário”, de 11 de dezembro de 1955, anunciou a visita e seu propósito: “A convite da Sociedade Mineira de Engenheiros, chegará a esta capital, na próxima quarta-feira, dia 14, para sua primeira visita ao nosso Estado, o Sr. Ioshiro Ando, embaixador do Japão junto ao governo brasileiro, que se fará acompanhar de sua esposa e do adido da imprensa da embaixada nipônica. O ilustre diplomata, ao ensejo de sua estada entre nós, entrará em contato com altas autoridades sobre a transferência, para Minas, de indústrias especializadas e técnicas japonesas”.
O embaixador japonês percorreu as principais indústrias e órgãos do Estado. Visitou as usinas da Belgo-Mineira e da Mannesmann, a Cemig e o Departamento de Estradas de Rodagem. Recebeu homenagens do governo do Estado, da Sociedade Mineira de Engenheiros e da Federação das Indústrias.
Em declarações prestadas à imprensa e publicadas no jornal “Folha de Minas” em 17 de dezembro de 1955, o embaixador do Japão afirmou que os industriais japoneses estavam “realmente interessados na transferência de várias de suas indústrias para o nosso país, sejam de maquinários e equipamentos e mesmo técnicos”. Acrescentou que observara “o maior interesse por parte das classes produtoras de Minas, e principalmente do governo do Estado”, cuja atitude foi interpretada “como a de um propósito firme de condicionar todas as facilidades para a concretização deste objetivo comum”.
Fonte: Coluna “IPATINGA Cidade Jardim - 50 ANOS” – Diário do Aço – 27 de Outubro de 2013
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