DEPUTADO KLEIN
Dutra Klein Dutra, adversário político dos Andradas, relatando o processo número 29, no qual o distrito de Ipatinga pleiteava sua emancipação, concluiu, sugerindo: “Surge em Ipatinga a esperança acalentada por várias dezenas de anos e pelo povo de Minas, uma indústria siderúrgica de largo porte, destinada a revolucionar o campo específico em nosso Estado. Aqui se implantou, há pouco mais de quatro anos, uma indústria que será, tão logo inicie sua produção, o que se dará ainda este ano, a maior de toda a América Latina. É uma obra devida, principalmente, à iniciativa do governo Bias Fortes, que a inspirou e estimulou por todas as formas, até vê-la convertida em realidade. Justo será, portanto, perpetuar-se a gratidão de Minas, homenageando a ilustre família, dando-lhe o nome ao novo município, que surge como redenção da economia mineira ao setor siderúrgico. Existe, todavia, limítrofe a Barbacena, o município de Bias Fortes, justa homenagem a quem dela fez merecedor.
Assim sendo, sugiro, se dê ao novo município a ser criado, com a emancipação do distrito de Ipatinga, o topônimo de Governador Bias.
Sala das sessões, em 10 de julho de 1962.”
DEPUTADO BONIFÁCIO DE ANDRADA
Caindo nas mãos do deputado Bonifácio de Andrada, o velho, ele leu, ajeitou-se melhor na cadeira, releu mais uma vez, segurou o processo à altura das vistas, pensou mais um pouco, concluiu que era um absurdo e, nervoso, fez também sua observação maldosa: “O voto sugerindo a denominação de Governador Bias para o futuro município, que ficaria assim sem o topônimo de Ipatinga, não merece nosso apoio. É que as palavras Governador Bias podem se referir também ao Sr. João Francisco Bias. No processo não há nenhuma manifestação do povo de Ipatinga favorável ao nome proposto. Aliás, não se vê motivos para tal homenagem, visto que o distrito não existia ao tempo do 1º Bias e não recebeu do 2º, há pouco governador, a assistência mencionada para a implantação da Usiminas. Portanto, o nome proposto não pode ser aceito quer por questões legais, ou por razões históricas.
Sala das sessões, 10 de julho de 1962”. A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na redação final do Projeto de Revisão Administrativa, a criação de duzentos e trinta e sete novos municípios, entre os quais estavam Ipatinga, João Monlevade, Timóteo e Bela Vista de Minas, cujas emancipações receberam o veto do governador.
Fonte: Coluna “IPATINGA Cidade Jardim - 50 ANOS” – Diário do Aço – 30 de março de 2014
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