Sabe-se que, muito antes do registro de fixação dos primeiros moradores no local onde hoje se situa a cidade de Ipatinga, a extensão do rio Doce foi densamente povoada, desde o período pré-colonial, por vários grupos étnicos, entre os quais os genericamente denominados "Botocudos".
As primeiras tentativas de expansão portuguesa no Vale do Rio Doce datam do período entre 1553 e 1573, como a expedição de Sebastião Tourinho, visando descobrir jazidas de esmeraldas e ouro. A divulgação de suas descobertas minerais ao governador da Bahia, Luiz de Brito, conferiu a Tourinho o título de "pioneiro descobridor do território mineiro", apesar de terem ocorrido explorações anteriores, como a de Martim de Carvalho, em 1567 ou 1568; a de D. Vasco Rodrigues Caldas, em 1562; e a de Espinosa, em 1554, todas fracassadas.
. Obstáculos
Outras expedições seguiram-se à de Tourinho, tendo sido efetivamente a região do rio Doce ocupada em 1664 com as primeiras entradas e explorações de bandeiras paulistas, conforme comprova a Carta Régia de 23 de março daquele ano, primeiro documento conhecido concernente às entradas e explorações em Minas Gerais.
A navegação do rio Doce apresentava, em inúmeros pontos, obstáculos naturais por vezes intransponíveis, como corredeiras e cachoeiras dificultando o acesso à região. Doenças tropicais, como a malária e outras febres, também se antepunham no caminho dos exploradores destas matas. Além das dificuldades naturais encontradas, o contato com o gentio se mostrou particularmente difícil. As tentativas de domesticar os Botocudos foram frustradas, até que se optou por ações mais enérgicas contra eles. Ainda no século XVIII, em 1734, foi feita uma investida buscando o extermínio dos índios do rio Doce.
Fonte: http://www.diariodoaco.com.br/img/naintegra/20121125/PDF/MTIwMTIxMTI1MDk=.PDF
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