IPATINGA - Devido à escassez da exploração aurífera, em fins do século XVIII, regiões anteriormente delimitadas pela Coroa Portuguesa como “Zonas Proibidas”, conhecidas naquela época como “região de mata mineira” (bacias do Jequitinhonha, Mucuri e rio Doce), passaram a ser consideradas áreas de interesse ou alternativa econômica para a expansão, sobretudo das frentes agropastoris.
A população nativa, habitante desses locais, constituía-se em um dos principais entraves para a empreitada expansionista. Em 1807, índios e degredados se uniram e queimaram uma ponte (atual Ponte Queimada, dentro do que é conhecido atualmente como Parque Estadual do Rio Doce), para evitar a vigília das autoridades portuguesas, que ficavam do outro lado, ao final da estrada do degredo.
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MASSACRE
Em 1808, D. João VI autoriza o massacre de índios, justificando que o Leste era estratégico. Ao mesmo tempo, o monarca declarou a “guerra justa” aos bravos Botocudos que resistiam à catequese e à distribuição de sesmarias aos brancos. Em 1819, os índios derrotam os militares e a estratégia da Coroa.
Para amenizar os conflitos, D. João VI divide o rio Doce em regiões militares e indica o militar francês iluminista Guido Marlière para comandar essas divisões. Marlière fez prevalecer o humanismo para evitar o extermínio dos gentios. No período em que esteve no Leste mineiro, Marlière recebeu a visita de ilustres cientistas como Saint-Hilaire, que se deslumbrou com a riqueza mineral e natural da região.
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Fonte: Ipatinga Cidade Jardim
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"Para que todos saibam meu coraçao chora de tristeza e dor pelos meus antepassados que foram estupidamente desimados em nome do progresso. (Mikitiv)
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