IPATINGA - A história da rodovia BR-381 começa na época dos conquistadores Bandeirantes, no século XVII. O bandeirante Fernão Dias Paes Leme, que esteve nos sertões dos atuais estados de São Paulo e Minas Gerais a procura de esmeraldas, foi o responsável pela abertura do caminho original cujo traçado orientou o surgimento da hoje conhecida rodovia Fernão Dias.
AS ANTIGAS BR-31 E BR-55
Em 1952, o trecho de Belo Horizonte a João Monlevade começou a ser construído e sua pavimentação foi inaugurada em 1960. Pelo sistema antigo de numeração das rodovias federais, em vigor até 1964, era conhecida como BR-31. Em 1959, foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitscheck a ligação Belo Horizonte a Pouso Alegre, quando ainda estava inacabada a obra. Apenas em 1961 a então denominada BR-55 entre Belo Horizonte e São Paulo foi concluída, com a finalização das obras no trecho paulista. Estes trechos originaram a atual BR-381.
A BR-381
A BR-381 é uma rodovia diagonal, de extrema importância econômica para o país, por ligar os estados brasileiros do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.A rodovia inicia-se na cidade de São Mateus, no Espírito Santo, no entroncamento com a BR-101, chegando até a cidade de São Paulo, no entroncamento com a BR-116 - Rodovia Presidente Dutra. No trajeto atual, possui ao todo 1181 quilômetros, dos quais 95 são em São Paulo, 950 em Minas Gerais e 136 no Espírito Santo.
Em terras capixabas, a concessão da rodovia foi dada ao governo do estado, sendo, nesse estado, denominada ES-381. Ainda no Espírito Santo, o trecho de 64 quilômetros entre as cidades de São Mateus e Nova Venécia recebe o nome de Rodovia Miguel Curry Carneiro.No trecho da divisa dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo ao município de Belo Horizonte a rodovia ainda permanece sendo administrada pelo governo federal e é conhecido como BR-381 Norte.O trecho entre Belo Horizonte e São Paulo foi duplicado entre 1995 e 2005 pelos Departamentos de Estradas de Rodagem (DER) dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo com recursos federais repassados por convênios firmados com o extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), e posteriormente com o Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT).
A BR-381 SUL
Em outubro de 2007 a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizou o leilão do trecho sul da rodovia Fernão Dias (São Paulo a Belo Horizonte), juntamente com outras rodovias Federais, e a empresa OHL venceu oferecendo as menores tarifas de pedágio. A OHL BRASIL e o Governo Federal assinaram no dia 14 de fevereiro de 2008 o contrato de concessão por 25 anos para a gestão e operacionalização do trecho de Belo Horizonte a São Paulo, conhecido como Rodovia Fernão Dias ou BR-381 Sul, com 562 km de extensão.
A BR-381 NORTE
O trecho de Belo Horizonte à divisa do estado de Minas Gerais com o Espírito Santo permanece sob a gestão do governo federal e é o que possui as piores condições de tráfego, dentre todos da BR-381. O traçado sinuoso em pistas simples (não duplicadas) em boa parte do trajeto aliado ao intenso volume de tráfego tornaram a BR-381 Norte uma das rodovias mais perigosas do país, recebendo popularmente a alcunha de “Rodovia da Morte”.A BR-381 Norte é um importante elo entre as rodovias do sudeste e do nordeste do país, e único eixo de ligação do vetor leste de Minas Gerais com seus importantes parques industriais, destacadamente no Vale do Aço e no Vale do Rio Doce, com a região sudeste e o sul do país. Todos os indicadores técnicos utilizados para definição da necessidade de melhoria das condições de tráfego já foram superados. A sociedade civil e o poder público estadual têm tido há anos iniciativas várias, com o objetivo de sensibilizar e viabilizar as obras de duplicação e melhoria das condições de tráfego da BR-381 Norte.
AS RODOVIAS BR-31 E MG-4
As obras de implantação e pavimentação da BR-381 entre Governador Valadares e Belo Horizonte foram executadas em várias etapas. Tiveram início no ano de 1952, a partir da capital do Estado, e foram concluídas em 1971, com a chegada a Governador Valadares.
O trecho de Belo Horizonte a João Monlevade foi o primeiro a ser concluído, com a sua construção iniciada em 1952 e a pavimentação executada entre 1956 e 1960, sob projeto e administração do extinto DNER. A rodovia, à época denominada BR-31, foi implantada em pista simples, com revestimento asfáltico na pista de rolamento e acostamentos não pavimentados.
O trecho de João Monlevade a Ipatinga era parte da antiga rodovia estadual MG-4 e foi implantado e pavimentado sob a administração do DER/MG, entre 1960 e 1965. Foi construído também em pista simples, com revestimento asfáltico na pista de rolamento e acostamentos não pavimentados.
A inauguração do trecho asfaltado Ipatinga-Monlevade, da MG-4, ligando a Usina Intendente Câmara à rede rodoviária do país foi no dia 29 de janeiro de 1966.
O trecho de Ipatinga a Governador Valadares foi projetado pelo DER/MG e recebeu a sob a denominação de MG-4, foi implantado e pavimentado nos anos de 1969 a 1971, em pista simples, com revestimento asfáltico na pista de rolamento e tratamento superficial simples nos acostamentos.
DÉCADA DE 90
O Programa Estadual de Concessões de Rodovia
Em 1996, a partir da promulgação da denominada Lei das Delegações (Lei 9.277/96) foi criada a possibilidade de estados e municípios solicitarem a delegação de trechos de rodovias federais para incluí-los em seus programas de concessões à iniciativa privada. O Governo de Minas à época elaborou o Plano Multimodal de Transportes, com a participação da FIEMG, para a implantação do Programa Estadual de Concessão de Rodovias. A intenção era desonerar os governos que não dispunham de recursos para a recuperação, melhoramento, manutenção e operação das rodovias que seriam privatizadas. O Lote 3 do Plano Estadual de Concessão de Rodovias denominado Corredor Leste de Minas – Vale do Aço incluía a BR-381 e a BR-262 e foi delegado ao governo estadual por meio de convênio firmado com o governo federal. Nesse programa o Governo de Minas executaria a duplicação entre Belo Horizonte e João Monlevade e construiria terceira faixa até Ipatinga, além de outros trechos. Para tal, o Governo de Minas dispunha em 1998 de cerca de U$ 200 milhões, oriundos da privatização da Companhia Vale do Rio Doce. O novo governo estadual que assumiu em 1999 desistiu do programa e devolveu a rodovia ao governo federal. Seguiram-se quatro anos de mínima manutenção na BR-381 Norte.
VÍDEO: João Monlevade MG em filmagem década de 50 (construção da BR 381). Filmagem realizada nos anos 50, contendo imagens dos trabalhos de ampliação da rodovia Vitória/Minas (atual BR-381), das obras de expansão da Companhia Belgo Mineira e da . Destaque para a presença do Governador de Minas, José Francisco Bias Fortes, do Diretor Superintendente da Usina, Dr. Joseph Hein, de funcionários da siderúrgica, de autoridades do Município e outros.
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Publicado por Ipatinga Cidade Jardim em Sexta, 29 de janeiro de 2016
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