A edição de número 30 enfatiza o pioneirismo dos médicos que combateram surtos de malária e febre amarela na região nos anos 1930 e 1940 até as modernas e avançadas clínicas e laboratórios existentes nesse começo de século XXI. O suplemento aborda ainda a história de fundação dos hospitais de Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo; além de entrevistas com os médicos que fizeram história como Newton de Almeida, Walter Maia, José Carlos Gallinari, Emílio Gomes Fernandes e Aloísio Benvindo, entre outros.
. Endemias
Muitos não sabem que o primitivo Vale do Aço era uma região endêmica. Nos anos 1920, doenças como febre amarela, impaludismo e malária dizimavam moradores e os trabalhadores que construíram a Estrada de Ferro Vitória a Minas. A situação ficou tão grave que foi necessário buscar mão de obra na Bahia e Sergipe para continuar a obra, uma vez que os trabalhadores da região não se atreviam a embrenhar-se nas matas.
Com o alto índice de mortalidade, a Belgo Mineira se viu obrigada a inaugurar um hospital para seguir com a sua expansão na região. Então, em 1936 fundou-se o Hospital Siderúrgica. Na época, os poucos médicos se desdobravam em atendimentos na sede do hospital e em postos de enfermagem da região, que chegou a ter 27 unidades.
Depois, em 1952 foi inaugurado o Hospital Acesita (atual Vital Brazil) que dispunha de mais recursos para diagnóstico e tratamento de doenças. Os dois hospitais foram importantes no combate à malária e tuberculose que assolavam os trabalhadores atuantes na exploração de madeira e produção de carvão para os fornos da Belgo, atual ArcelorMittal João Monlevade.
. Veneno
Destaque ainda para depoimento inédito de um funcionário da antiga turma que combatia a malária na época. Sem nenhum equipamento de proteção individual, essas pessoas passavam o dia todo carregando nos ombros bombas carregadas com o forte veneno DDT, pulverizando as casas. Geralmente eram discriminadas por exalar o forte cheio do veneno, na volta do trabalho para casa.
. Parteiras
Além de homenagear importantes nomes na história da Medicina no Vale do Aço, a publicação também lembra do importante papel das parteiras naquela época. A precária estrutura não dava conta de atender os trabalhos de parto. Até meados de 1960, quase todos os partos nas zonas rurais e periferias eram realizados por essas mulheres. Mesmo sem dominar a técnica, as parteiras traziam novos bebês ao mundo com ajuda de ervas naturais. Elas também faziam o acompanhamento pós-parto. Na época, era comum os recém-nascidos serem acometidos por tétano. Para remediar usava-se teia de aranha e pó de fumo na cicatrização do umbigo, causavam a doença
Fonte: http://www.diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=63638
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