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Explode o número de multas no Centro de Ipatinga

IPATINGA - A avenida 28 de Abril figura entre os pontos mais críticos do Centro de Ipatinga no que tange aos problemas com estacionamento. (FOTO: Bruno Jackson)
IPATINGA - O déficit de estacionamento que afeta as cidades com mais de 200 mil habitantes é um problema presente em todo o país. Em Ipatinga a realidade não é diferente. Um problema que acaba gerando outro: o aumento vertiginoso de infrações de trânsito aplicadas a motoristas que estacionam em locais proibidos. A incidência de multas é maior no Centro de Ipatinga, onde policiais militares aplicam milhares de infrações todo mês.
Na tarde dessa quarta-feira (16), o JORNAL VALE DO AÇO conversou com o sargento Ronaldo Dutra da Silva, por volta das 16h15, no momento em que ele aplicava dezenas de multas em motoristas que estacionaram irregularmente na rua Juiz de Fora, no Centro.
O policial militar revelou que aplica cerca de 500 multas por mês, relacionada apenas a estacionamento em local proibido. Por dia, a média é de 15 notificações aplicadas. “Na área central de Ipatinga, especificamente, nós temos uma reincidência muito grande de motoristas infratores. Como você pode ver, só na rua Juiz de Fora, neste exato momento, estou fazendo a notificação de mais de 15 veículos. E é todo dia dessa mesma forma. De forma específica na rua Juiz de Fora, atrás do Bretas, tem ponto de ônibus e há placas bem sinalizadas, proibindo a parada e o estacionamento de veículos em toda a extensão da rua. Porque se os veículos pararem, os ônibus não giram na rua, os caminhões que descarregam no Bretas não podem fazer a descarga. É um caos geral na rua Juiz de Fora”, comenta Ronaldo Dutra.
Segundo o sargento, a PM tem tentando inibir esse tipo de infração. “Não só na rua Juiz de Fora, mas em várias outras, a Polícia Militar tem implementando ações preventivas e repressivas com relação ao trânsito para o bem da segurança pública”, afirma.
PONTOS CRÍTICOS
Conforme o sargento Ronaldo Dutra, as vias públicas mais críticas do Centro, com relação a infrações de trânsito geradas por veículos estacionados em local proibido, são três: avenida 28 de Abril e as ruas Juiz de Fora e Itajubá. “Todos os dias a Polícia Militar também aplica centenas de multas na 28 abril e na rua Itajubá, onde frequentemente os motoristas desrespeitam as placas de sinalização”, destaca.
VALORES DAS MULTAS
Estacionar em desacordo com a regulamentação de trânsito é justamente uma das penalidades que mais contribuem para a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no Brasil. Nos locais onde a sinalização indica uma placa com a letra “E”, com uma faixa vermelha na frente, é proibido estacionar, mas são permitidas paradas rápidas para embarques e desembarques. Para isso, o condutor precisa sinalizar com a seta para a direita ou esquerda e somente pode ficar parado pelo instante necessário para o passageiro entrar ou sair do veículo. Se for flagrado estacionado neste local, o condutor será autuado em uma multa grave, terá acrescido quatro pontos na carteira e pagará R$ 85,13.
Entretanto, nos locais onde há a sinalização de um “E” cortado por duas faixas vermelhas cruzadas, não é permitido estacionar nem parar. Nesses pontos o motorista não pode nem mesmo realizar o embarque e desembarque. A infração é considerada grave, adicionam-se cinco pontos na carteira e o valor pago é de R$ 127, mais a remoção do veículo.
ESTACIONAMENTO ROTATIVO
Em Ipatinga há carência de uma ampla discussão na esfera pública sobre a necessidade de melhorias no trânsito, com vistas à ampliação da oferta de estacionamentos, principalmente para evitar gargalos e congestionamentos nas principais vias.
No momento, há apenas um Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, tramitando na Câmara de Vereadores relacionamento ao assunto. Ainda assim, trata-se de uma matéria que, se virar lei, irá onerar o bolso do munícipe. Trata-se do Projeto de Lei 38/2014, que autoriza o Poder Executivo Municipal a delegar, mediante licitação, concessão onerosa para exploração de serviços de estacionamento rotativo em vias e logradouros públicos.
O projeto em questão foi apreciado e teve seu parecer aprovado pela Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal e agora está apto a entrar na pauta de votação no plenário. Pela proposta do projeto, a concessionária ganhadora da licitação deverá pagar ao Poder Público uma quantia mensal pela exploração concedida. A licitação será feita nos moldes da concorrência pública, observando a qualificação técnica, equipamentos apresentados e o valor do ônus ofertado como pagamento pela concessão.
Fonte: http://www.jvaonline.com.br