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Funcionários dos Correios deflagram greve em Ipatinga

IPATINGA - Empregados dos Correios de Ipatinga se mobilizaram em frente à unidade do Centro, nesta quinta. (FOTO: Bruno Jackson/ JVA)
IPATINGA - Empregados dos Correios deflagraram greve por tempo indeterminado em Ipatinga, na manhã dessa quinta-feira (18). A paralisação começou por volta das 8h, em frente à unidade dos Correios do Centro, na avenida João Valentim Pascoal. Até o momento, cerca de 30 trabalhadores aderiram à paralisação.
Durante a greve, as atividades de distribuição de correspondências e encomendas ficam parcialmente comprometidas. A paralisação envolve as unidades dos Correios do Centro e do bairro Bethânia. A greve dos empregados do Correio deve se espalhar por várias cidades do Brasil a partir desta sexta-feira (19). No Rio de Janeiro, a paralisação da categoria começou na terça-feira.
Conforme o carteiro Marcelo Alves Venâncio, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect-MG), por enquanto Ipatinga é o único município do Vale do Aço onde a categoria aderiu à paralisação.
“Nesta sexta-feira, virá uma van com outros companheiros nossos de Governador Valadares para o Vale do Aço, onde vamos mobilizar o pessoal de Ipatinga para participar de um ato em Belo Horizonte”, informa Marcelo Venâncio.
REIVINDICAÇÕES
A data-base dos funcionários dos Correios é 1º de agosto. As negociações da Campanha Salarial 2014 estão apenas começando. A categoria exige 29% de reajuste (6,5% de INPC mais 22,5% de reposição de perdas salariais dos últimos anos).
Os empregados também exigem melhorias no plano de saúde. Até ano passado, o plano de saúde, denominado “Correio Saúde”, era administrado pela própria empresa. A partir de janeiro, os Correios terceirizaram o serviço, criando o Plano Postal Saúde, que estaria gerando insatisfação entre os funcionários.
“Queremos o retorno do Correio Saúde. Se não for possível, o Plano Postal Saúde precisa, pelo menos, credenciar mais clínicas e hospitais. Desde o primeiro semestre, muitas clínicas e hospitais estão se descredenciando do Plano Postal Saúde, porque ele está pagando uma taxa abaixo da tabela padrão, além de ser muito burocrático”, alega Marcelo Venâncio, diretor do Sintect-MG.
GIP
Outro ponto relevante da pauta de reivindicações do Sintect-MG está relacionado à GIP (Gratificação de Incentivo à Produção), no valor de R$ 200, que seria concedida de maneira fracionada. O sindicato afirma que, na terça-feira (16), os Correios apresentaram aos seus empregados a proposta de incorporar a GIP ao salário dos funcionários.
A primeira oferta da empresa foi 6,5% de reajuste em cima do salário-base do trabalhador e, caso o reflexo deste reajuste seja maior que R$ 200 (GIP), será pago o que for mais vantajoso para o empregado: a GIP ou o reajuste salarial de 6,5%. No caso do carteiro, por exemplo, cujo salário-base é R$ 1.084, seria mais vantajoso a GIP de R$ 200, pois o reajuste de 6,5% representaria apenas R$ 70,46.
Segundo Marcelo Venâncio, a proposta dos Correios é incorporar a GIP ao salário dos seus funcionários em três etapas: R$ 50 em maio de 2015; R$ 50 em maio de 2016; e os outros R$ 100 de acordo com a produtividade da empresa. Porém, a proposta não agradou à categoria.
VALE-CULTURA
Conforme o Sintect-MG, no Acordo Coletivo de 2014, ficou acertado que os Correios iriam fornecer aos seus empregados o cartão Vale-Cultura. Porém, o acordo não teria sido cumprido. “Até hoje esse cartão não chegou às nossas mãos. Recentemente, a empresa prometeu que vai nos entregar o cartão, mas sem o retroativo. Não concordamos. Nossa categoria quer o Vale-Cultura retroativo a 1º de agosto de 2013”, afirma Marcelo Alves Venâncio.
De acordo com o sindicalista, “a greve deflagrada pelos empregados dos Correios nessa quinta tem como objetivo pressionar a empresa a negociar os itens da pauta de reivindicações da categoria, referente à Campanha Salarial 2014”.
Fonte: http://www.jvaonline.com.br
REPÓRTER: Bruno Jackson