IPATINGA - A nova estrutura administrativa da Prefeitura de Ipatinga, apresentada em projeto de lei que está sendo analisado pela Câmara de Vereadores, representa uma redução de gastos da ordem de R$ 6 milhões por ano, com a extinção de 49 cargos e a permanência de outros 53 vagos. “Esta é mais uma medida que a Administração é obrigada a tomar, diante das graves dificuldades financeiras que enfrentamos no município de Ipatinga, por causa da crise econômica e da forte retração da siderurgia nacional”, argumenta a prefeita Cecília Ferramenta.
Na justificativa do projeto em tramitação no Legislativo, a Administração aponta como principais objetivos da medida a necessidade de “reduzir e adequar a estrutura organizacional do Executivo e conter as despesas com pessoal que poderiam comprometer os índices de responsabilidade fiscal”. Além disso, a proposta prevê a redução dos custos operacionais da máquina pública, sem prejuízos para a qualidade dos serviços prestados à população, e a otimização de políticas e programas relacionados às áreas de Educação e Saúde.
“Vamos continuar assegurando a prestação de serviços de qualidade à população, com responsabilidade e transparência. Por isso, estamos fazendo todos os ajustes necessários, inclusive renegociando contratos com fornecedores e convênios com entidades. Também é preciso garantir que todas as áreas da Administração possam continuar atendendo bem a população”, analisa a prefeita Cecília Ferramenta.
No final de outubro, a prefeita já havia anunciado a diminuição do número de secretarias municipais, com alguns secretários assumindo mais de uma pasta. A secretária de Educação, Leida Tavares, agora responde também pelas áreas de Esporte, Cultura e Lazer; o Procurador Geral, Vicente Costa, também acumula a Secretaria de Administração; e o secretário Amarildo Assis se responsabiliza pelas áreas de Desenvolvimento Econômico, Governo e a Secretaria Executiva.
Os 102 cargos diminuídos na estrutura administrativa, entre extintos e vagos, representa cerca de 25% do gasto total com o quadro de comissionados na PMI e uma economia de R$ 6 milhões por ano. Pela proposta do Executivo, serão reduzidos 66 cargos de direção e gerência e, também, extinguidas duas secretarias, nove cargos de secretário adjunto, quatro de assessor de comunicação, dois de diretor de departamento, três de gerente de seção, um de gerente de unidade, quatro de coordenador e 41 de vice-diretor de estabelecimento de ensino.
“Vamos fazer os ajustes no organograma da Prefeitura, buscando garantir que a nossa cidade possa superar a grave situação da conjuntura econômica atual e, ao mesmo tempo, esteja preparada para dar a sua contribuição com a retomada do crescimento do município”, comenta a prefeita Cecília Ferramenta.
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PAGAMENTOA prefeita confirmou também ontem que o pagamento dos servidores será realizado este mês em duas etapas. No dia 10, receberão todos os funcionários da ativa. Já no dia 17 será feito o pagamento dos comissionados.
“Estamos fazendo um enorme esforço para cumprir com os compromissos, mas a receita ainda não é suficiente para arcar com toda a despesa. À medida que vai sendo realizada essa receita é que vamos executando os pagamentos, sempre priorizando os servidores e a manutenção dos serviços essenciais da cidade, como saúde, educação e limpeza urbana”, conclui Cecília Ferramenta.