IPATINGA - Nasceu em Mimoso do Sul - ES, o pioneiro de Ipatinga, AYRES RAMOS. Os pais se mudaram para Resplendor - MG quando tinha quatro anos. Em 1944, começou a trabalhar na Cia. Vale do Rio Doce como praticante gratuito (estagiário) e teve a oportunidade de fazer um “curso de emergência” em Vitória durante dois meses. Em 1951, casou-se em Resplendor com Aldira Silva Ramos, com quem teve seis filhos: Júlio César Ramos, Sônia Márcia Ramos, Regina Célia Ramos, Américo Ayres Ramos, Luis Otávio Ramos e Maria Beatriz Ramos (nascida em Ipatinga, no ano de 1963).
Ayres foi transferido para Ipatinga em 1960, quando a Estação de Intendente Câmara estava sendo construída. Segundo ele, existiam aqui duas estações: uma onde é hoje o pátio de matérias-primas da Usiminas e a outra, no bairro Horto, denominada Estação de Nossa Senhora. No dia 15 de abril de 1960, foi inaugurada a Estação Intendente Câmara e foram demolidas as duas existentes. Fui o primeiro chefe da Estação e era responsável por uma turma de cento e dez pessoas.
Logo quando cheguei a Ipatinga com a mulher e cinco filhos, nossa primeira morada foi na desativada Estação Ipatinga, da Rua Belo Horizonte – a atual Estação Memória. Em 1964, a Usiminas construiu quatro casas no bairro dos Ferroviários. Ela construiu e trocou com a Vale do Rio Doce por outras propriedades. Fui o primeiro morador daquele bairro. Lembro-me que ali morou também o Ortelino, que era funcionário da Estação de Nossa Senhora, no bairro Horto. A primeira pessoa que conheci, quando cheguei aqui, foi o João Dominguinhos, dono de um armazém. Depois fui entrosando com o pessoal da Igreja Católica. Conheci também a Dona Cidinha, que era responsável pelo Correio local. Fui também muito amigo de um funcionário da Belgo-Mineira que se chamava Manoel Izídio, que era carvoeiro.
Em 1979, choveu muito em todo o Vale do Aço. A linha foi inundada e o tráfego de trens ficou por um tempo paralisado. Porém, o mais curioso e inacreditável daquelas chuvas foi a ventania, que foi tão forte a ponto de entortar os postes de iluminação, que eram feitos de trilhos de linha férrea. À noite, os faróis das locomotivas eram muito fortes e batiam direto nos olhos dos motoristas que dirigiam na rodovia marginal da linha férrea (do bairro Horto até o Centro de Ipatinga). Tal fato aumentava o risco de acidentes. Ayres, a pedido do Agripa (Usiminas), realizou um estudo da questão. Sugeriu então a arborização na beirada da linha férrea para solucionar o problema. Ele se inspirou no que tinha visto em São Paulo, onde plantaram árvores na beirada de um trecho de rodovia, cuja paisagem era tão linda que distraía a atenção dos motoristas, causando vários acidentes.
Ayres acrescentou no relatório encaminhado à direção da Cia. Vale do Rio Doce o pedido para colocarem, além das árvores, um farol oscilante nas locomotivas. E assim foi feito. A plantação de árvores em toda a extensão da margem da linha férrea, desde o bairro Horto até o bairro Vila Ipanema, está até hoje no local.
Fonte: Ipatinga Cidade Jardim
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