IPATINGA - Dia 13 de maio, a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) celebra 113 anos de operação. Única ferrovia do Brasil a oferecer, diariamente, o transporte de passageiros de longa distância, a EFVM transporta em média, um milhão de pessoas por ano nos trens que partem diariamente de Belo Horizonte e de Cariacica, cidade localizada na Região Metropolitana da Grande Vitória, no Espírito Santo. No percurso, o passageiro tem à disposição belas paisagens, história, modernidade e conforto. A Vitória a Minas é considerada também uma das ferrovias mais produtivas do Brasil e uma das mais modernas do mundo graças aos investimentos em recursos humanos e em modernas tecnologias.
Cerca de 3 mil pessoas utilizam os trens da Vale diariamente. Durante os feriados, quando o movimento aumenta, o número sobe para aproximadamente 4.500 pessoas por dia, num trajeto que incentiva o turismo no Vale do Rio Doce e contribui para integrar e desenvolver as comunidades por onde a ferrovia passa.
TRAJETO
Todos os dias, às 7h, uma composição ferroviária parte do Espírito Santo rumo a Minas Gerais. Da capital mineira, a viagem do trem de passageiros tem início diariamente às 7h30. O trajeto dura aproximadamente 13 horas, num trecho de 664km. A viagem pode ser feita tanto em carros econômicos quanto em executivos - esses últimos equipados com ar condicionado.
Para oferecer mais comodidade aos usuários, o Trem de Passageiros é equipado com carro lanchonete e carro restaurante, com mesas e cadeiras para quem não abre mão do conforto na hora das refeições. Há também um espaço exclusivo para pessoas com deficiência. Em todos os ambientes da composição ferroviária, os passageiros contam com atendimento da equipe de bordo.
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BILHETES
A compra dos bilhetes de viagem pode ser feita tanto nas estações ao longo do trecho, em pontos de venda autorizados e, ainda, pela internet, no site do Trem de Passageiros (www.vale.com/tremdepassageiros). Nessa última opção, as passagens podem ser adquiridas com cartões de crédito das principais bandeiras.
Como parte dos investimentos em modernização do transporte de passageiros, a Vale anunciou, no final de 2013, a aquisição de novos carros de passageiros para operarem na Vitória a Minas a partir deste ano. Mais modernas e confortáveis, as novas composições estão em fase de testes e a expectativa é que comecem a operar no primeiro semestre deste ano.
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CARGAS
Pelos seus trilhos passam diariamente pelo menos 60 produtos diferentes como aço, soja, carvão e calcário, entre outros, o que representa cerca de 40% de toda a carga ferroviária do país.
Vídeo conta a história dos 111 anos da EFVM
Vídeo conta a história dos 111 anos da EFVM - Estrada de Ferro Vitória a Minas celebra seus 111 anos de atividades....
Publicado por Ipatinga Cidade Jardim em Quinta, 14 de maio de 2015
DADOS OPERACIONAIS, POSIÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL
EFVM é uma ferrovia de bitola métrica (1.000 mm) e possui raio mínimo de curva de 195 metros e rampa máxima de 1,5%, o que permite uma velocidade máxima de 57 quilômetros por hora. Apresenta a maior média de acidentes dentre as ferrovias brasileiras, seguida pela Ferroeste e Estrada de Ferro Carajás, no entanto os índices ainda são relativamente baixos em comparação a países como Estados Unidos. Com 905 quilômetros de extensão, é uma das mais modernas e produtivas ferrovias do Brasil, sendo administrada pela Vale S.A., antiga CVRD (Companhia Vale do Rio Doce). As operações são paralisadas em caso de cheias do rio Doce e afluentes, devido ao transbordamento em trechos da via férrea. Durante as enchentes de 1979, a maior da história da região, houve paralisação de 35 dias, bloqueando o transporte de passageiros e o escoamento da produção do minério de ferro proveniente de Itabira.
Além de ser utilizada para escoar o minério, a ferrovia também é usada para o transporte de aço, carvão, calcário, granito, contêineres, ferro-gusa, produtos agrícolas, madeira, celulose, combustíveis e cargas diversas, de Minas Gerais até o Complexo Portuário de Tubarão, ao Terminal de Vila Velha, ao Cais de Paul, Codesa e ao Porto de Barra do Riacho, em Aracruz, no Espírito Santo. Em 2014, era transportada uma média anual de mais de 110 milhões de toneladas de produtos, que representava 40% da carga ferroviária brasileira. As locomotivas utilizadas, incluindo os modelos usados após a década de 90, são EMD BB40-2, EMD DDM45, EMD GT26CUM, EMD G16, GE BB40-9WM e G-12 números 535, 551, 540 e 556.
A maior parte dos produtos transportados pela EFVM tem como destino o Porto de Tubarão, onde está situado o único pátio ferroviário totalmente sinalizado da América Latina, onde os vagões são classificados por gravidade. O Controle de Tráfego Centralizado (CTC) permite a supervisão de todas as operações da ferrovia, que em 2008 possuía cerca de 300 clientes. Ao começo da década de 2000, a então Companhia Vale do Rio Doce foi a responsável pela coordenação de projetos voltados às comunidades vizinhas a ferrovias, destacando-se: o Educação nos Trilhos implantado primeiro na Estrada de Ferro Carajás e em dezembro de 2003 na EFVM, em parceria com o Canal Futura, ministrando palestras relacionadas à saúde, educação e meio ambiente nas estações ferroviárias ou nos vagões durante as viagens; o Projeto Olha o Trem, visando à segurança ao redor da ferrovia; além do Trem da Cidadania.
VÍDEO: Novo trem de passageiros da vale
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
A EFVM é uma das poucas ferrovias brasileiras a manter o transporte contínuo de passageiros, com cerca de 3 mil usuários diariamente, o que lhe confere certa importância turística. Juntamente com a Estrada de Ferro Carajás (Pará–Maranhão) e a Noroeste do Brasil, é uma das últimas ferrovias a realizarem este serviço em longa distância, mantendo um total de 30 pontos de embarque e desembarque em 42 municípios atendidos ao longo dos 664 quilômetros percorridos pelo trem de passageiros, transportando uma média de cerca de 1 milhão de passageiros ao ano, segundo informações de 2014.
O trem cruza uma região com significativa quantidade de montanhas e rios e que tem como vegetação típica alternância entre Mata Atlântica e Cerrado, estando grande parte de sua extensão às margens do rio Doce, até chegar às praias capixabas. Durante a alta temporada, o comboio é composto por: 2 locomotivas (G12 e G16), 1 grupo gerador, 1 carro comando, 1 carro lanchonete, 4 carros executivos e 13 carros de classe econômica. Na baixa temporada, a formação fica a cargo de 2 locomotivas (G12 e G16), 1 grupo gerador, 1 carro comando, 1 carro lanchonete, 4 carros de classe executiva e 7 carros de classe econômica. Em agosto de 2014, os carros foram substituídos por uma nova frota, comprada na Romênia, que passou a contar com vagão para cadeirantes, ar-condicionado em todos os compartimentos e portas com abertura automática e sensor de presença.
VEJA: "“Eta trem bão, sô!”"
A FERROVIA EM NÚMEROS
Extensão total da malha - 905 quilômetros
Volume transportado em 2013 - 141,5 milhões de toneladas, entre minério de ferro e carga geral
Mais de 20 mil vagões
Cerca de 330 locomotivas
Percurso percorrido pelo Trem de Passageiros - 664 quilômetros
30 pontos de embarque e desembarque do Trem de Passageiros
42 municípios atendidos
1 milhão de passageiros transportados por ano (média histórica)
Preço da passagem (percurso completo): Executiva - R$ 91
Econômica - R$ 58
VÍDEO: Antiga CVRD, Estrada de Ferro Vitória - Minas By Leão
VÍDEO: Fotos Antigas da EFVM
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