IPATINGA - Nasceu em Nova Era - MG, no dia 4 de novembro de 1927. Filho de José Mariano Malta e Maria Olímpia Malta, casou-se em Nova Era – MG, no dia 7 de fevereiro de 1953 com Terezinha de Souza Malta e tiveram oito filhos: Tereza Cristina Malta, Paulo Roberto Malta, Kátia Regina Malta, Ana Eliza Malta, Márcia Solange Malta, Ricardo Luiz Malta, Jussara Malta e André de Sousa Malta.

Terezinha Malta nasceu em Dores de Gunhães – MG, dia 3 de outubro de 1929. Filha de José do Patrocínio Souza e Maria José de Carvalho. Dona Terezinha residiu por mais de 40 anos na Rua Poços de Caldas, centro de Ipatinga, e hoje vive no bairro Cidade Nobre desfrutando sua aposentadoria na conpanhia de filhos e netos.

Ari Malta faleceu no dia 29 de janeiro de 1996, vítima de um derrame cerebral.

TRAJETÓRIA DO PIONEIRO

Ari Malta mudou-se para Coronel Fabriciano em 1953, onde foi trabalhar na Coletoria e Arrecadação fazendaria Estadual da Secretaria da Fazenda e mudou-se para Ipatinga no ano de 1967. Ari Malta já trabalhava em Ipatinga desde o ano de 1965, prestando serviços na coletoria fazendária e na venda de lotes do bairro Bom Jardim.

Ari Malta foi o segundo presidende do Ginásio de Assistência ao Menor de Ipatinga - GAME, do bairro Iguaçu no final dos anos 60; presidente do Clube Parque das Cachoeiras; presidente do lar dos Velhos em Coronel Fabriciano e esteve presente no lançamento da pedra fundamental da Usiminas, na Inauguração do Alto Forno nº 01 da Usiminas.

DÉCADAS DE 50 e 60

Os primeiros habitantes que colonizam uma região abrindo-a a ocupação e ao desenvolvimento são chamados de pioneiros. Essa foi a função que Ary Malta e Terezinha souza assumiram quando chegaram ao pequeno povoado de ipatinga, no ano de 1967, vindos da cidade de Nova Era.

Ele, devido ao trabalho, já havia residido em outras localidades, veio para a região trabalhar na coletoria estadual. "Naquela época a Avenida João Valentim pascoal não existia e ainda podia nadar no Ribeirão Ipanema", recorda Paulo Roberto Malta, filho dos pioneiros.

A construção das ruas e das avenidas também está entre as lembranças de Paulo. A implantação da siderúrgica usiminas deu impulso ao desenvolvimento da cidade, que ainda contava com um comércio pequeno e restrito. "Para se ter uma idéia para sair do centro ao bairro Cariru, passávamos por dentro da empresa no pátio de carvão", comenta o filho.

CORNETAS

Ari Malta foi um dos pioneiros na radiofonia na região, pois antes da Rádio Educadora, Ary Malta e Noé (Casa Bragança), já faziam locuções em Coronel Fabriciano, com alto falantes (tipo corneta) que eram colocados nos postes na cidade onde vários programas da Rádio Nacional eram transmitidos em Coronel Fabriciano.


"Meu pai foi também locutor de cornetas, nos anos 50. Os "transmissores" que haviam nos postes da cidade, serviam para repassar informações à população. A divulgação de fatos importante para o município como o lançamento da pedra fundamental da siderúrgica, foi possível por meio das cornetas", finalizou Paulo.

Dentre as muitas ações que ajudou a desenvolver no município, Ary Malta foi um dos responsáveis pela criação do Game (Ginásio de Assistência ao menor), hoje mais conhecido como uma extensão do bairro iguaçu. A instituição foi criada para atender menores por meio de uma escola profissionalizante, que contava com três galpões, na década de 70.

GAME

Por volta do ano de 1966, um escoteiro e um policial militar, estarrecidos com o problema do menor abandonado em Ipatinga, decidiram iniciar uma campanha para mobilizar a sociedade com vistas ao fato. Uma reunião, presidida pelo Capitão Carlos Frederico de Castro e Silva Fassheber se deu no Cine Ipanema. Nessa reunião foi fundada a associação e eleita a primeira diretoria do GAME – Ginásio de Assistência ao Menor que teve como presidente eleito Sebastião Guedes Bicalho.

Imediatamente, Sebastião Bicalho, pôs-se a trabalhar, estabelecendo às bases em que seria construído e mantido um Ginásio para abrigo dos menores. Organizou um quadro de sócios contribuintes, estipulando donativos específicos, para fazer face às primeiras despesas do empreendimento.

Vencido seu mandato, a Assembleia Geral elegeu Ary Malta, presidente, Nelson Ribeiro, José Martins de Souza, João Batista Menezes, William Salina, Joaquim Batista Gonçalves, Pedro José da Silva, Humberto Duarte Nunes e Oduvaldo Mollica, para os diversos cargos de diretoria.

A Câmara Municipal de Ipatinga considerou a entidade como de utilidade pública, condição que lhe permitiu emprestar decisivo apoio material, como operários para construção, viaturas para transporte de material. Além disso, providência no sentido de que, no ano de 1969, seja destinada uma verba municipal àquela entidade social. O prefeito do município fez uma doação de NC$ 3.000,00 (três mil cruzeiros novos) para prosseguimento das obras de construção da sede.

Em 1968, a entidade terminou a construção de três pavimentos: o primeiro, de 140 m², destinado a dormitório; o segundo, de 240 m², repartido em cômodos diversos para refeitório, sala de alfabetização, artesanato, biblioteca e enfermaria.


Fonte: Ipatinga Cidade Jardim



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