"Liu" nasceu em Ipatinga - MG, no dia 7 de junho de 1941.

TRAJETÓRIA DO EX-VEREADOR E PIONEIRO DE IPATINGA

IPATINGA - Nasceu em Ipatinga - MG, no dia 7 de junho de 1941. Filho de José Anatólio Barbosa e Lucinda Fernandes Madeira (ambos falecidos) e vieram de Santa Maria de Itabira (MG) para Ipatinga em 1917.

Casou-se dia 3 de janeiro de 1970 com a professora aposentada, Eloísa Ferreira Barbosa e juntos tiveram quatro filhos: Nyvio Ferreira Barbosa, Norton Ferreira Barbosa, Nyrian Ferreira Barbosa e Nayara Ferreira Barbosa.

VEJA a história e trajetória do pai, "JOSÉ ANATÓLIO BARBOSA"

"Liu" casou-se dia 3 de janeiro de 1970 com a professora aposentada, Eloísa Ferreira Barbosa e juntos tiveram quatro filhos: Nyvio Ferreira Barbosa, Norton Ferreira Barbosa, Nyrian Ferreira Barbosa e Nayara Ferreira Barbosa.

ÁGUA LIMPA

Os pais de "Liu" instalaram-se no distrito de Barra Alegre, quando ainda pertencia a Antônio Dias e se chamava Água Limpa. Lá, tiveram treze filhos e vivia da criação de animais, da fabricação de toucinho e de outros produtos. Tudo era vendido às tropas que passavam pelo distrito a caminho de Ouro Preto.

“Meu pai foi abrindo a mata para poder se instalar, criar os animais e mais tarde trazer um jipe, no qual ele levava parte dos filhos para ajudar no trabalho da roça”, relembrou Liu.

Liu conta que, na década de 1930, o pai passou a trabalhar como empreiteiro da Belgo-Mineira e algum tempo depois se envolveu com a vida política da região. Ele avaliou a atuação de José Anatólio: "Ele foi um dos fundadores da UDN em Coronel Fabriciano. Depois, foi vereador e participou ativamente do movimento pela emancipação de Ipatinga. Meu pai era um bom líder político e sempre foi muito respeitado na região".

Clique aqui e veja a história da "Fazenda Esperança - Água Limpa (Barra Alegre)"

Porta retrato da família.

EDUCAÇÃO

"Estudei até o quarto ano primário no Grupo Escolar Caetana América de Menezes. Com doze anos de idade fui fazer o antigo “curso de admissão” em Ponte Nova, MG. Daqui a Ponte Nova nós gastávamos dois dias de viagem, com escala em Bom Jesus do Galho. Eu e dois irmãos estudávamos no Colégio Dom Helvécio, e minhas irmãs no Colégio de Palmeiras. Depois de um ano lá, não quis ficar, não gostava de estudar. O pai levou-o para o Colégio Ibituruna, em Governador Valadares, para o Colégio Macedo Soares, em Acesita, mas Salvelino não queria mesmo estudar. Voltei para casa e fui mexer com tropas, tirar leite e acompanhar meu pai quando ele saía. Passei a ser o seu motorista".

Clique aqui e veja a história da "Escola Estadual Dona Caetana América de Menezes (Barra Alegre)"

”ANTES DA USIMINAS, IPATINGA SÓ TINHA FAZENDAS”

Liu contou que, antes da chegada da Usiminas, a cidade era repleta de grandes fazendas. Os atuais bairros Vagalume, Bethânia e Canaã eram propriedades de José Selim de Sales. Os bairros Cidade Nobre e Iguaçu pertenciam a Jair Gonçalves, assim como muitos outros bairros já pertenceram a outros pioneiros. E todos eles passavam pelas mesmas dificuldades: falta de infraestrutura básica. “Só tinha médico em Nova Era. Esse lugar não era nada antes da Usiminas”.

A instalação da Usiminas na cidade foi atraindo gente de fora e aos poucos a cidade foi mudando para melhor. Segundo Liu, sua família foi a primeira fornecedora de leite para a Usiminas, pois possuía um curral onde é o bairro do Veneza e outro onde está a Usipa.

VEJA a história da "Fazenda Barra Grande e Bethânia"

VEJA a história da "Fazenda Prato Raso"

Alguns vereadores da 5ª Legislatura da Camara Municipal de Ipatinga.

PRIMEIRO VEREADOR NASCIDO EM IPATINGA

Com a cidade em melhores condições Liu assumiu a função de motorista do pai e acabou se aproximando muito da vida política. Por intermédio de José Anatólio, lançou a sua candidatura e foi eleito vereador por dois mandatos, em 1971 e 1977. Foi o primeiro vereador nascido em Ipatinga. Tínhamos orgulho de ser vereador e trabalhar pela cidade. Era uma época diferente, não era um cargo remunerado, assumíamos por amor mesmo. Foi nessa época que Salvelino ganhou o apelido de “Liu”. “Era mais fácil de ser lembrado. E mesmo depois de ter deixado a política o apelido ficou.”

"Em 1979, eu era vereador. Na hora da chuva, estava aqui, no Barra Alegre, quando um vizinho me chamou para dizer que o “trem” estava feio: o ribeirão muito cheio. Saí com ele e na hora lembrei primeiro de meu pai que estava doente lá na fazenda e a ponte que ligava a rua à fazenda já tinha sido levada com a força da correnteza. O ribeirão subia a cada minuto. Não tinha passagem para Pedra Branca, Limoeiro e Ipaneminha. Estávamos ilhados. Eu e o Pedro conseguimos passar até o Limoeiro. Até lá era barro puro e estava cheio de água. Mandei um empregado nosso lá no Centro de Ipatinga, para pedir socorro ao meu irmão Anatólio. Voltei para a minha rua, fui juntando o pessoal que estava ficando sem casa e coloquei todo mundo na Escola Estadual Caetana América de Menezes. Às oito horas da manhã já havia na escola cento e dezesseis crianças e mais cento e seis mulheres. Pedi para meu irmão juntar as serventes da escola e colocá-las para fazerem comida para o pessoal. Nessa altura, meu irmão Anatólio já tinha começado a mandar mantimentos. Ele trazia os mantimentos até onde é hoje o bairro Cidade Nobre, de carro; de lá para cá, tínhamos que buscar a pé ou nas costas de burro, não havia estrada.

Aqui, no Barra Alegre, havia dois armazéns, do Didico e do Dirson, mas eles não quiseram vender mantimentos para os desabrigados com medo de não receber depois. Tive então que comprar tudo na minha conta, para poder ir alimentando o pessoal. O pessoal do Tribuna e Ipaneminha vinha pelos morros e avisava que lá também estava faltando comida. Dividíamos os mantimentos que vinham da Prefeitura e mandávamos para o pessoal de lá. Posteriormente, instalaram um rádio na escola, para nós nos comunicarmos com a Prefeitura. Fiquei responsável pelo rádio e tive que praticamente me mudar para a escola. As pessoas doentes tinham que ser levadas nas costas até o bairro Cidade Nobre. Foi assim durante pelo menos um mês e meio.

Por intermédio de José Anatólio, lançou a sua candidatura e foi eleito vereador por dois mandatos, em 1971 e 1977. Foi o primeiro vereador nascido em Ipatinga.

TRABALHO NA PREFEITURA DE IPATINGA

Fichei na Prefeitura Municipal de Ipatinga no mandato de Jamil Selim de Salles, para trabalhar no “tele-árvores”. Fui um dos primeiros encarregados de plantar árvores no município de Ipatinga. Depois, fui trabalhar no “Curral do Conselho”. Fiquei seis anos na Prefeitura. Como eu era “jamilista”, assim que o Chico Ferramenta assumiu a Prefeitura fui demitido.

Em 1993, no dia da morte de tia Rosa, esposa do João Bragança, lá em Coronel Fabriciano, fui chamado para trabalhar na Fundação São Francisco Xavier como encarregado de limpeza. Estava já com cinquenta e três anos de idade e fiquei na Fundação até o final de 2008, quando me aposentei por ter completado sessenta e cinco anos.

VEJA a história e trajetória do irmão, "ANATÓLIO DE OLIVEIRA BARBOSA"

Santinhos de campanhas eleitorais: “Liu” foi eleito vereador por dois mandatos, em 1971 e 1977. Já o irmão, Anatólio Barbosa foi candidato a vereador em 1982 e a vice-prefeito na chapa do sindicalista Zequinha em 1976, onde não conseguiu eleger em ambas campanhas.

Fonte: Ipatinga Cidade Jardim - (autor José Augusto Moraes)

Clique aqui e veja a história e trajetória da irmã, "ZULMIRA OLIVEIRA BARBOSA"

Clique aqui e veja a história e trajetória da irmã, "ZÉLIA BARBOSA DE OLIVEIRA"

VÍDEO: Cultura no Ar- Barra Alegre





VÍDEO IPATINGA 1967: Um pequeno trecho de sua história. Extrato de um filme feito em 1967, na primeira administração do prefeito Jamil Selim de Sales. È algo sensacional. Prefeito Jamil Selim de Salles e o presidente da Usiminas, Amaro Lanari Junior, inauguram a Câmara Municipal de Ipatinga, o Palácio dos Três Poderes, o Ginásio de Assistência ao Menor. Visitam local onde será erguido o maior parque siderúrgico da América Latina, além de solenidades e show musical de encerramento.